domingo, 7 de junho de 2015

O JARDIM DA TENDA LILÁS

Passeava eu, sozinha por um deserto,
Dias e dias andando,
Sentindo muita solidão,
Mas sentia Deus me direcionando para uma linda comunhão ...
Desejava um consolo, um consolo de coração,
Até que avistei uma tenda,
Uma tenda muito bonita,
Tinha uma cor exuberante, a tenda era lilás,
Feminina ...
Dentro da tenda tinha um jardim,
De várias cores, nomes, sabores ...
Algumas rosas vermelhas, outras a desabrochar,
Algumas flores negras, outras azuis como a cor do mar ...
Um jardim diversificado, tantas flores de manacá!
Tinham flores enlutadas, e todas sentiam sua dor ...
Cobriam-na com suas pétalas exalando muito amor ...
Nessa tenda tinha música,
Onde rosas, margaridas jasmins, dançam para celebrar
Seus valores, suas lutas,
Muitos desafios a conquistar ...
Viver o sentimento dessa tenda e provar do amor
incondicional de Deus,
Que olha por nós a toda hora,
Cuidando dos filhos seus,
Passear por um deserto é difícel,
algumas vezes desolador ...
Mas saber que tenho tendas pra meu amparo,
É repousar em Deus, é refrigério, é bálsamo
É solo fértil, é AMOR ...


Thamara Arruda

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Nem Submissas, Nem Caladas



       Com esse tema um tanto "subversivo" aconteceu o XIV Acampamento das Mulheres, éramos em torno de setenta mulheres, diferentes gerações que com suas histórias de vida puderam ali naquele espaço de fala e escuta exorcizar seus medos, conceitos e valores. É sempre um grande desafio romper com os equívocos da interpretação bíblica que sempre geraram preconceitos e desigualdades. O acampamento se torna esse espaço seguro onde podemos reencontrar luz e cor numa imagem opaca e opressa que sempre rondou a nossa história.



        Armamos a tenda e esperamos por cada uma, e elas vão chegando como que chegam para viver o desconhecido, é difícil saber exatamente o que vai acontecer, a gente até planeja mas preferimos deixar fluir. É nesse momento que a Ruah de Deus nos oferece caminhos e possibilidades, e vamos ouvindo... Aprendendo.
E a palavra chega retirando o véu e iluminando o caminho, o rito entre elas rompe as barreiras do fundamentalismo, se reconhecem como mulheres.
Desta vez fomos atrás do outro lado da história, fomos ao encontro de outras companheiras ouvir suas histórias. Elas foram as companheiras de caminhada do apóstolo Paulo, todas estiveram ao seu lado liderando comunidades, foram reconhecidas por ele, empoderadas. Eram apóstolas, mestres, missionárias. Poucas nomeadas na Bíblia, algumas nem citadas, a exemplo de Tecla. 



   Nosso retorno é barulhento, gargalhadas, choros e uma vontade imensa de redefinir a vida, muitas vezes a visão que antes era turva agora consegue enxergar tudo. O resultado disso se materializou no batuque frenético, reivindicando passagem e fala.



Empoderamento é um processo demorado e doloroso, vem aos poucos causando confusão, nos tirando da zona de conforto cobrando respostas e não precisa ser logo, vai acontecendo. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

8 DE MARÇO: CELEBRAR SEM ESQUECER A LUTA...


E foi assim ... Nesse domingo 8 de Março
Nada nos impediu de celebrar a memória delas
Mulheres que morreram lutando por direitos
Legado que não nos deixa CALAR!


Buscamos igualdade social
Respeito as diferenças
Entre homens e mulheres
Diferentes, mas, iguais!